quarta-feira, 3 de junho de 2009

História do nosso Fox Paulistinha

Não se tem certeza de suas origens, uma das hipóteses é que descendem dos Fox Terrier de Pelo Liso, Jack Russell Terrier e cães de fazenda brasileiros.
Há outra hipótese, bem forte, de que cães de tipo Terrier, sem precisão de raça definida, viajavam como caçadores de ratos em navios mercantes, principalmente nos ingleses, desde o século XIX. Acredita-se que o Terrier Brasileiro é originado do acasalamento destes cães. Estes mesmos cães teriam dado origem a outras raças como o Jack Russel, o que justificaria a similaridade física entre as raças.
Tendo o mesmo padrão desde 1920, a primeira tentativa de reconhecimento ocorreu em 1964, mas pelo baixo número de registros o processo foi cancelado.
Depois de muito trabalho por parte de alguns criadores, em especial pela Sra. Marina Vicari Lerário, fundadora do Clube do Fox Paulistinha, a raça recebeu o reconhecimento provisório em 1995 e o definitivo em 2006.
O processo de reconhecimento e registro é feito pela FCI (Federação Cinológica Internacional), com sede na Bélgica e que tem uma série de regras a serem cumpridas antes do reconhecimento definitivo, como: comprovar ausência ou controle de doenças genéticas, número mínimo de exemplares sem parentesco próximo, ninhadas que nasçam homogêneas e etc.
O Terrier brasileiro foi adaptado tanto ao campo como ao meio urbano, onde teve a importante função de guardar as mercadorias dos armazéns da ação predatória de roedores. No meio rural, também com eficiência, passou a desempenhar atividades de caça e pastoreio de rebanhos.

Uma publicação antiga do Clube do Fox Paulistinha ainda recorda que no passado a antiga produtora de discos e de produtos fonográficos, a norte-americana RCA VICTOR usava a figura de um Fox Paulistinha como marca de seus discos vendidos em todo mundo. Ainda hoje está gravada na mente e nos corações dos mais velhos a figura do Fox Paulistinha ouvindo o som de um disco com o ouvido dirigido para a corneta de um gramofone.
Também foi astro de comerciais de outras empresas, como a Kibon, Sadia, Visconti, Danone, Kolynos, Yakult, Skol, Qualy, entre outros.

Em 1998 virou estampa de um sêlo dos correios! O animal que vemos na foto é o "Pinguim do Taboão"(Bi-Campeão Mundial 96/97, Penta Campeão Brasileiro, Penta Campeão Paulista, Campeão Mundial Veterano 99, foi capa do saco de ração Pedigree edição: "Pequenos Campeões", além de garoto propaganda da mesma empresa na Televisão. O cão era de Marina Vicari Lerario. O Fox Paulistinha, já famoso mundialmente e de valor inestimável, é agora chamado de Terrier Brasileiro, um nome mais condizente com o projeto de internacionalização de sua raça, que ganha aficcionados, como nós, por todo o planeta!